quarta-feira, 5 de maio de 2010

Enquanto isso no TJ, a novela continua.....



Desde que descobri que este humilde blog opinativo não é Maomé mas move montanhas fiquei abismada com a falta de costume de alguns em receber críticas. Falta de equilíbrio para lidar com opinião me incomoda mas não intimida.Nem um pouquinho.

O espaço aqui é aberto mesmo gente e para mim nada muda se meu vizinho ou o Lula leram algum texto publicado aqui. Hoje me cocei de vontade de escrever pois não dei conta do que vi no Tribunal de Justiça na tarde desta quarta,5, no julgamento das Ações populares que tratam do certame do Quadro Geral.

Primeiro: era esperado presença massiva dos representantes dos concurseiros com faixas e tal. Alguns deles por questões pessoais e imbuídos na expectativa de conseguir a tal da estabilidade foram ver o que no fundo todos já sabiam que ia acabar em pizza.

Todo mundo lá ansioso e vidrado na sessão e os desembargadores sem pressa nenhuma chegando de um a um. Enfim, ele chegou. O homem que tem a tão esperada resposta:o relator Marco Villas Boas. Pela feição dele não dá nem pra imaginar qual é seu voto.
O presidente da sessão então lança a pergunta: “Tem alguém esperando algum processo aí?”. Ah pára o mundo que eu quero descer! Como assim? Parecia o Silvio Santos perguntando a platéia o famoso: “Quem quer dinheiro?”.

Tudo bem. Valeu a intenção! Começa a discussão em torno do assunto. Aliás minto: não começou a discussão sobre o cancelamento ou não do certame porque a presidente do Tribunal comunicou os ilustres desembargadores que o advogado que por sinal é a mesma “pedra no meio do caminho” do Certame,questionou o impedimento do desembargador revisor em atuar no caso.

Todos fizeram cara de surpresa. Todos que eu digo,eles, os desembargadores. Para os poucos concurseiros não soou nem um pinguinho de surpresa! Não foi preciso esperar os 15 dias para o revisor se defender ou deixar o caso. Ele disse em alto e bom som que o fato da esposa dele fazer o concurso não o impede de atuar no impasse. E repetiu isso várias vezes.

Foi mais além e afirmou que estão querendo escolher os desembargadores que vão atuar no caso. Outros três desembargadores se declararam impedidos porque sobrinhos ou filhos fizeram as provas e ele lá batendo na tecla de que não há impedimento.

Sem entrar nos méritos jurídicos na questão vou me permitir um comentário: Ah pára!
Um Estado que precisa urgente contratar concursados na máquina, 104 mil inscritos esperando satisfação, mais de um ano depois da realização do certame e voltamos novamente para a estaca zero nessa lenga-lenga de impedimento.

O final da sessão foi um show...literalmente.Depois do adiamento confirmado o representante da Procuradoria se justifica dizendo que o órgão só quer ajudar no caso,isso depois do Procurador Geral dizer que ia questionar formalmente o impedimento do revisor, ou seja, ia fazer a mesma atitude do autor de pedido.
Opa! O relator também foi lá e disse que da sua parte tudo já está pronto. Ele disse que o relatório e o voto já estão feitos a meses.

Parando para pensar um pouco: O problema agora é o tal do impedimento do revisor. A ação popular sai de cena e a decisão agora é se o desembargador pode ou não revisar a matéria. Sim, porque se o voto está pronto, a Procuradoria diz que não tem mais questionamentos....o que tá faltando?

A mim resta torcer para que até dia 3 de junho o impasse seja julgado para que os aprovados tomem posse. Lá no TJ, de impedimento a impedimento o julgamento vai sendo adiado até encontrar os pouquíssimos desembargadores que não têm parentes que fizeram as provas....

Governo espera, concurseiros também e eles decidem quando a novela termina.Passamos então para o próximo capítulo. Corta!

Um comentário:

  1. A pergunta que é feita a cada momento, esta escrita no texto a acima. O QUE FALTA?
    Pensando no processo democrático de uma sociedade que tenta acreditar na justiça fica difícil ter uma resposta. Uma vez que os cidadãos tocantinenese e não só os concurseiros estão interessados na solução desse empasse, pois é interpretado como má vontade do poder judiciário e insuficiencia de decisão e incompetencia dos poder púbico judiciário. Até quando a sociedade ficará culpando o quem não decide, os decidem tome uma decisão e resolva esse empasse.
    O que não pode acontecer é o desrespeito com quem se preparou para o concurso. Poderia ter mais meios de comunicação que possibilite essa discussão.

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