quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cabeleleira de Palmas é agredida e denuncia crime de racismo

A Cabeleleira de Palmas, Neila de Sousa me procurou para denunciar uma atitude de racismo. Segundo ela conta, estava em sua casa quando uma mulher invadiu seu lar e a agrediu. A mulher ao agredir a cabeleleira pronunciou várias palavras de agressão verbal. "Sua nega safada, vagabunda", dizia ela.

O que mais intrigou foi o motivo. Conforme a versão de Neila, ela foi até a senhora cobrar os direitos da amiga que prestou serviços á ela. Com o corpo todo marcado pela surra que levou, dentro de ssua casa e na presença de seu filho de dois anos, Neila procuroua delegacia e denunciou o fato.

A cabeleleira diz que a postura racista da senhora foi o que mais a motivou a tomar essa atitude. "Ela não me respeitou, invadiu minha casa e ainda me chamou de várias palavrões", disse. Neila não divulgou o nome da senhora,mas disse que vai até o fim na justiça pedir indenização e punição para a tal senhora.

Neila mora na 804 Sul com o filho de 2 anos. O marido está em viagem em Portugal. Evangélica, a cabeleleira diz que é preciso mudar essa situação de desigualdade, que segundo ela foi um forte motivo para a atitude da senhora.

Venho através deste Blog, o meio de maior alcance que tenho, para repudiar essa atitude. Que nuitas mulheres façam como Neila e, na justiça busquem o respeito aos direitos. Quanto á agressão verbal, e as palavras preconceituosas...esta senhora é com certeza uma das pessoas que precisam da tal lavagem celebral que Gabriel, o pensador fala em sua música Racismo é Burrice.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Governo já deixou de aplicar R$ 178 milhões no Brasil Quilombola



O governo federal pretendia investir mais de R$ 2 bilhões, entre 2008 e 2011, em ações que viabilizassem o acesso à terra, melhoria da saúde, cultura, educação e infraestrutura nas comunidades remanescentes de escravos – os quilombos. As intenções, entretanto, esbarram em obstáculos para o repasse de verbas. O Brasil Quilombola, por exemplo, principal programa voltado a estas comunidades, gastou menos de R$ 13 milhões dos R$ 56,6 milhões previstos no orçamento deste ano. Desde sua implementação, em 2005, o programa já desembolsou R$ 57,6 milhões. Neste mesmo período, no entanto, deixou de aplicar R$ 178,7 milhões (veja a série histórica).

Para atender às demandas dos quilombolas como a regularização da posse da terra e o apoio ao desenvolvimento das associações representativas, por exemplo, o programa Brasil Quilombola foi criado em março de 2004. Seus projetos e atividades são coordenados pela Presidência da República, por meio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Desde sua criação, no entanto, o programa sofre com a baixa execução.

Logo no primeiro ano de sua implementação, 2005, o programa contou com R$ 28,6 milhões previstos, dos quais somente 25% foram efetivamente aplicados. Em 2006, o orçamento aprovado teve um incremento de mais de R$ 23 milhões em relação ao ano anterior, totalizando R$ 52,3 milhões. Apesar disso, menos da metade foi executado – 31%. No ano seguinte o orçamento previsto caiu para R$ 45,4 milhões, dos quais apenas R$ 13,3 milhões foram efetivamente gastos. Foi no ano passado, no entanto, que as comunidades foram menos favorecidas com os recursos do Brasil Quilombola. De um orçamento de R$ 53,4 milhões, somente R$ 8,5 foram desembolsados, batendo o menor índice de execução do programa (16%).

A Seppir é responsável por administrar diretamente quase R$ 11 milhões (19%) do orçamento previsto no programa. Até o último dia 17, a secretaria desembolsou R$ 5 milhões, grande parte destinada ao apoio técnico, estudos de viabilidade econômica, capacitação de agentes de apoio e promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades. Por ocasião das festividades de comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado hoje, a assessoria de imprensa da Seppir informou não ter condições de esclarecer a tempo os questionamentos do Contas Abertas sobre a baixa execução orçamentária.

Mas cerca de 76% do previsto no orçamento do programa Brasil Quilombola fica sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), coordena o reconhecimento, demarcação e titulação das áreas remanescentes de quilombos. De R$ 42,7 milhões, foram pagos R$ 6,4 milhões, ou 15%. Com este recurso, o Incra também garante a indenização financeira aos donos de áreas a que têm direito as comunidade quilombolas. A assessoria do Incra esclareceu que, além do contingenciamento de parte dos recursos, a maior parte da verba sob sua responsabilidade ainda não foi gasta porque depende da quantidade de regularização dos territórios quilombolas

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Movimento Negro quer voz no julgamento das cotas



Integrantes do Movimento Negro Unificado (MNU) entraram na tarde da sexta-feira (20) com um pedido para participar da defesa do sistema de cotas raciais no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles reivindicam entrar no processo de julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, que questiona a seleção diferenciada na Universidade de Brasília (UnB), feita pelo DEM.

No pedido, o MNU apresenta depoimentos de alunos que conseguiram ingressar no ensino superior por meio do sistema de cotas. Os integrantes do movimento também querem mostrar no documento que a política de cotas tem justificativa histórica e social para existir. A data escolhida para entrar com o pedido de "amicus curiae" - em latim, "amigos da corte", instituto que permite a terceiros discutir uma tese que afete toda a sociedade - é simbólica. Hoje comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra

A data é uma homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695. "Todos os dias são os nossos dias. Mas essa é uma data que representa muito para nós", afirmou Paula Balduíno de Melo, integrante do MNU. Além de entrar com o pedido de amicus curiae, o movimento também lança hoje um jornal com reportagens, artigos e charges falando sobre o tema, entre outros. Intitulado Nosso Jornal, a publicação tem 12 páginas e terá sua estreia na Feira do Livro de Brasília.

O lançamento do jornal faz parte de uma mobilização pela conscientização sobre a política das cotas nas universidades e de outros assuntos relativos ao movimento negro. Até o próximo ano, os membros do MNU pretendem intensificar as conversas para que o sistema seja mantido. Em março do próximo ano, participam de audiência pública no STF para discutir o assunto. Ao mesmo tempo, pretendem lançar a segunda edição do Nosso Jornal, além de divulgar o resultado da audiência no Supremo.

Após a audiência, a intenção é intensificar o corpo a corpo com os ministros do próprio Supremo. "Não faremos o movimento somente para o interior do Supremo, mas também para a sociedade em geral saber das lutas", disse Paula. A ADPF 186 não tem data para ser julgada. Mas estima-se dentro da corte que deve entrar na pauta até junho do próximo ano. O relator da ADPF é o ministro Ricardo Lewandowski.

O DEM, autor da ação, justifica no documento que não é a cor da pele o que impede as pessoas de chegarem à universidade, "mas a péssima qualidade das escolas que os pobres brasileiros, sejam brancos, pretos ou pardos, conseguem frequentar". “Se o impedimento não é a cor da pele, cotas raciais não fazem sentido. Onde quer que tenham sido adotadas, as cotas não beneficiam os mais necessitados”, disse o documento, feito pela procuradora no Distrito Federal Roberta Fragoso Kaufmann.

Do outro lado, a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Advocacia Geral da União (AGU) apresentaram pareceres favoráveis à manutenção das cotas raciais no vestibular da UnB. Para os dois órgãos, as cotas são compatíveis com o princípio da igualdade previsto na Constituição e o estado democrático de direito.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

'Caminhada contra a desigualdade racial ainda é longa', diz ministro



Edson Santos afirmou que a questão racial está 'na agenda' do país.
Nesta sexta (20) é comemorado o Dia da Consciência Negra.O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, afirmou em entrevista, que o principal desafio para o país na questão racial é a inclusão do negro na educação, na habitação e no trabalho.

"A desigualdade remonta há 121 anos, da abolição, da escravidão. Não se inseriu o negro na educação, na habitação, no trabalho. As estatísticas mostram que há maior dificuldade para o negro nas empresas e quando conseguem entrar não têm os mesmos salários. Acho que ainda é longa a caminhada a se fazer."

Leia abaixo alguns trechos da entrevista.

G1 - Ministro, como estão as negociações para a aprovação no Senado do Estatuto da Igualdade Racial?
Edson Santos - Nós estamos construindo esse acordo e há previsão de vir a ser votado na semana que vem. Vai ter uma audiência pública no Senado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e a posterior apreciação do estatuto. O acordo está sendo construído no Senado com senadores de vários partidos.

G1 - Mas a expectativa inicial era de que o governo sancionasse o estatuto em 20 de novembro. O que ocorreu?
Edson Santos - Foi o tempo dessa costura no Senado. A gente tem expectativas que às vezes não se confirmam. Mas é importante ter definido uma meta, que mesmo não sendo cumprida, criou a possibilidade de o estatuto ser votado em plenário no mês de novembro ainda.

G1 - O senhor conversou com senadores? Acha que a aprovação será tranquila? Edson Santos - Eu não posso adiantar isso. Cada senador é uma cabeça. Mas espero que até em função do que foi construído na Câmara não haja grandes óbices políticos na medida em que várias lideranças, deputados, contribuíram e discutiram exaustivamente, de forma dura até, e profunda, o conteúdo. No Senado, acredito que nós vamos caminhar num ambiente mais tranquilo.

G1 - E em relação às cotas, o senhor acha que o tema vai voltar à discussão, já que ficou fora do estatuto?
Edson Santos - Conversei com o ministro Fernando Haddad (Educação) e é um tema mais espinhoso, porque enfrenta muitas resistências por parte de alguns segmentos da sociedade brasileira. Mas acredito que posteriormente ao estatuto, nós estaremos discutindo o projeto de cotas no Senado.

G1 - Então em 2010 o tema deve avançar?
Edson Santos - Eu acredito nisso.

G1 - Nesta sexta é comemorado o Dia da Consciência Negra. Quais são as principais conquistas recentes para a população negra que o senhor apontaria?
Edson Santos - A introdução na agenda política do Brasil da temática racial e da necessidade da sociedade em finalmente encarar os desafios é um avanço. E a elevação da auto-estima da população negra. Você tem hoje um grande número de pessoas que se declaram negros. É um momento que vivemos do Brasil de enfrentar a questão racial.

G1 - E quais são os principais desafios?
Edson Santos - A desigualdade remonta há 121 anos, da abolição, da escravidão. Não se inseriu o negro na educação, na habitação, no trabalho. As estatísticas mostram que há maior dificuldade para o negro nas empresas e quando conseguem entrar não têm os mesmos salários. Acho que ainda é longa a caminhada a se fazer.

G1 - E o Estatuto da Igualdade Racial pode ajudar nisso?
Edson Santos - É um instrumento. O estatuto é uma lei que estabelece diretrizes para o Estado brasileiro superar as desigualdades raciais no país num espaço de tempo mais curto possível.

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!


O Brasil vive avanços e perspectivas nas políticas públicas para a população negra do país. O papel do movimento negro na luta pelos direitos dos negros é o foco dessa discussãode hoje.



Mais um 20 de novembro: Dia da Consciência Negra!Num país em que comemoramos até o Dia da Árvore, ainda existem os ímpares que questionam se a data em que se levanta a discussão sobre a desigualdade social e racial deve ser feriado. Sem consenso sobre a importância do dia para o calendário de alguns estados, perdura a luta do movimento negro para que a memória de Zumbi dos Palmares ganhe espaço no calendário brasileiro.

Mesmo sem feriado, nesse dia de canto a canto a data é lembrada. A mídia dá espaço para a temática, negros e negras, com bandeiras na mão, vão ás ruas pedir implantação de políticas públicas para a população negra, ainda maioria absoluta pobre neste país. Nas escolas, com a lei 10.639 que obriga o ensino da Cultura Afro na sala de aula, a temática também vem á tona. Seria então o começo da Consciência Negra?

Este dia 20 é diferente, visualizamos mudanças no cenário social, mas que ainda são só um começo. Vemos o primeiro presidente negro ser eleito no país que tanto segregou a vida de milhares de negros. Mas vimos também perseguição e genocídio da juventude negra nos grandes centros e até aqui no Tocantins.Esse contraste nos mostra que a superação da discriminação e do racismo ainda é o melhor caminho para construirmos a tão sonhada "Consciência negra".

Neste dia 20 todas as ações serão em vão se não houver uma discussão sobre a participação social de cada um como cidadão crítico e ativo na sociedade e principalmente nos espaços de poder. Sociedade civil e governo precisam da parceria para dar melhores condições de vida para a população negra do nosso país.Porque é fácil apertar mãos, dizer que apóia e fingir que vivemos na Ilha do faz de conta. Ou ainda dizer da boca para fora que não tem preconceito, recorrer á árvore genealógica para buscar um parente de descendência negra.... mas na prática, na hora das piadinhas....a máscara cai. `Prova disso, nossos representantes políticos criarem resistência para aprovar e votar no Estatuto da Igualdade Racial.

Vou mais adiante e levo essa discussão para o Movimento negro. Acredito na atuação de um movimento consolidado buscando um diálogo com o poder público e empenhado em identificar e lutar pelas demandas. Como essa relação será estabelecida? depende da situação e da reivindicação em questão, vale tudo para exigir nossos direitos! No nosso país existem grandes líderes empenhados e que dão o sangue na luta pela igualdade racial, a exemplo do grande pai da luta, Zumbi!Gente mobilizada, atenta e cheia de atitude que bota a boca no trombone para dizer não ao preconceito, graças a eles enxergamos hoje grandes conquistas de inclusão.

Mas existe também o outro lado da moeda.O que chamo de movimento de rotação, que como o planeta terra, gira em torno de si mesmo.Infelizmente vejo pessoas que constituem o movimento para engrandecer líderes e partidos políticos.Gente que precisa de militantes e aliados apenas para fazer volume, preencher fichas de filiados e levantar a bandeira. Ora, não devemos dar as mãos para incentivarmos as políticas públicas? Pelo menos esse é o discurso!

O movimento tem que crescer sim e reivindicar muito, porque o preconceito não para... se renova a cada dia. Por isso, é preciso dar as mãos pela causa. Por mais oportunidade, por políticas de curto, médio e longo prazo, pela igualdade racial...Temos ainda um longo caminho pela frente...É com a Consciência negra que vamos superar esta dívida social com mais da metade da população brasileira.Portanto...Rebele-se contra o racismo!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Em lançamento de Fórum, sociedade cobra políticas para comunidade negra do Estado



Por Maria José Cotrim

O lançamento do Fórum de Cultura e Educação Afro-brasileira aconteceu nesta segunda, 16, no auditório do Palácio Araguaia. O evento segue até a quarta, 18 e vai discutir as perspectivas para a educação e ainda como trabalhar nas comunidades quilombolas do Estado. Participam do encontro instituições públicas e movimentos sociais. O presidente da Assembléia, Júnior Coimbra (PMDB) participou do encontro.

Os participantes serão divididos em grupos de trabalho para discutir as temáticas. Na noite foi lançado ainda o livro “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” escrito por professores da educação básica do Tocantins produzido pela Secretaria Estadual da Educação. O assessor parlamentar da Seppir, Benedito Sintra, fez palestra sobre o “Estatuto da Igualdade racial: desafios para o Brasil e o Tocantins”.

Sociedade cobra ações do governo


O presidente do Fórum, Maximiano Bezerra citou que de acordo com o IBGE, 75% da população é negra no Estado. “Nos 139 municípios não existe projetos de cultura, só a secretaria de cidadania e justiça e a UFT tem departamentos específicos para tratar da temática”, cobrou. Maximiano falou da necessidade de cotas raciais e fez apelo para que os secretários olhem para a lei 10.639 que trata da temática afro nas escolas. “È o maior legado que vocês podem deixar para a comunidade negra”, disse.

“Trazemos o retrato das pessoas que continuam vivendo esse desafio de lutar e continuar participando em busca de nossos direitos”, disse Maria Luísa, representante do Grupo de Consciência Negra do Tocantins. A coordenadora do Gruconto denunciou ainda casos de mortes entre jovens na cidade de Miracema. “É freqüente o assassinato de jovens negros. Vejam o clamor dessas famílias. Estamos aqui para pedir justiça" argumentou.

Para a professora Maria Aparecida Matos, professora da UFT e conselheira da Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial, existem avanços nessa discussão. “Precisamos trabalhar a formação de professores, de material didático”, disse. A professora relatou algumas ações que estão em andamento no Estado, como implantação dos Conselhos da Igualdade Racial.A Coordenadora do Centro de Educação Popular, Maria Ivanir Ilídio falou sobre as dificuldades e má situação das comunidades quilombolas do Estado e ainda da necessidade de implantação de políticas públicas.

Órgãos prometem apoio

A Procuradora do Ministério Público Federal, Ludimila Fernandes da Silva disse que há a necessidade da educação plural. “Essa sociedade tem que ser colorida e refletir essa sociedade plural”, falou. Ludimila diz que o país vive uma “igualdade formal e material”. Sobre as cotas, a procuradora disse que é um instrumento que visa corrigir a desigualdade.

O subsecretário da educação, Galileu Guarenghi falou da necessidade das políticas afirmativas para um “ambiente de igualdade”. “Se conseguirmos trabalhar uma educação pública de qualidade vamos conseguir mudar o Brasil”, falou. “Não é um caminho fácil que se faz num toque de mágica”, disse falando das dificuldades para mudar a realidade social.O secretário prometeu apoio para efetivar as políticas públicas que possam determinar caminhos que possa selecionar o “grave caminho de igualdade”, disse.

O presidente Júnior Coimbra (PMDB) em seu discurso, disse que fez questão de participar do evento para colocar a Assembléia á disposição da causa. “Muitas conquistas já aconteceram a discriminação é grande, quantos negros foram presos só por serem negros?”, expôs o presidente que falou ainda da discriminação das escolas. “As cotas diminuíram as dificuldades, abriram a questão da mobilidade social”, disse.

O secretário de cidadania e justiça, Carlos Alberto ressaltou que é dever do Estado proporcionar os direitos da comunidade. Carlos disse ainda que o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) está empenhado em busca de melhores qualidades de vida. “Convocamos a sociedade para um projeto que possa representar melhores dias para as pessoas que vivem das desigualdades”, falou. O secretário falou da Criação do Conselho de Igualdade Racial e comitê de Comunidades quilombolas.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dois patinhos na Lagoa: cheguei aos 22!



Êba...22! Hoje troco de idade, uma data importante não só porque marca o dia que eu nasci mas me leva a uma reflexão com relação aos meus sonhos, pretensões e metas na vida. O que posso dizer e bem á vontade é que me sinto feliz e realizada. Amadureci um pouco... engordei, mudei de estilo, adotei perspectivas de vida,mas continuo errando, o que me conforta.

O erro nos leva ao acerto, é só saber encarar.E estou na luta constante para ser uma pessoa melhor nos meus princípios e convicções. Tenho uma rede de amigos que me conforta e me completa. Uma mãe que sente orgulho no que sua semente está se transformando, um trabalho digno que me proporciona crescimento proporcional...uma causa que me inquieta e tem minha atenção que é a Igualdade racial desse país.

E o melhor de tudo: tenho sonhos, garra e persistência para realizá-los. Nesse dia que parece metódico por ser uma sexta, 13 quero compartilhar com vocês minha alegria!Quero agradecer pela amizade e companheirismo, por participarem da minha vida. Acredito que nada vale apena se não se constrói metas e escolhe a trilha por onde queres andar.

Ouse, aja,reaja, coopere. Renove sua fé e sua coragem! Passa um filme na minha cabeça, me lembro quando saí de casa, da pequena Igaporã em busca de um diploma e de superar um histórico de desigualdade social. Todos os NÃO que me disseram me estimularam. Não tinha dinheiro nem experiências, mas tinha sonhos! E aqui no Tocantins todos eles estão se concretizando. Obrigada pela mão amiga, pelas oportunidades de conviver juntos: por serem parte da minha história de apenas 22 anos.

Um abraço carinhoso á todos!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Michele Obama é premiada como Mulher do Ano



Michelle Obama, primeira dama dos Estados Unidos, recebeu um prêmio de reconhecimento especial por colocar em primeiro plano a importância de ser mentora das novas gerações.A postura pública que tomou contra a violência doméstica foi um dos fatores decisivos para a premiação.

"Ela já demonstrou um compromisso em ajudar a próxima geração de mulheres a expandir seus horizontes ao levar-lhes informação e inspiração para verem-se como líderes do futuro", disse a revista em comunicado.A lista anual de Mulheres do Ano, publicada pela revista Glamour durante os últimos 20 anos e anunciada pela L'Oreal, rende tributo às mulheres que contribuíram ao entretenimento, negócios, esporte, moda, ciência e política.

A cantora Rihanna também foi escolhida com uma das "Mulheres do Ano" e ainda outras 12 personalidades femininas.

domingo, 1 de novembro de 2009

Roda de Sussia? Tem sim senhor!



Maria José Cotrim

Neste sábado, 31,debaixo de uma chuva meia fina,,,um grupo de 10 idosos celebravam alegremente a cultura afro.Uns mais animados...outros já com sono, mas o clima era de festa. Duas senhoras apenas se revezavam para dançar a antiga Dança africana chamada "Sussia".

No embalar da saia e dos passos corridos dava para relembar a cultura dos antigos africanos nas senzalas. Os passos revelaram uma história que poucos conhecem devido á falta da proliferação da cultura nas escolas e na mídia. Eu nem sabia como se escrevia a palavra Sussia...

Um dos presentes comentou que uma associação seria formada para celebrar e reunir os foliões da cidade. "Todos os sábados nós estaremos aqui, juntos para que a folia não fique sem ser celebrada em nossa cidade", disse um dos líderes do grupo. Mas o que mais encantou foram as batidas do tambor , o canto dos foliões com chapéu e bota e o balançar da saia das mulheres...provas vivas de que a memória do povo negro ainda é celebrada nos interiores e preservada pelos antigos reizeiros.

Temos programas que visam valorizar essas manifestações culturais, mas não chegam aqui no Tocantins. Porque na verdade, quando pensamos em cultura negra já temos conceitos formados em nossa mente...e na ponta da língua!A Sússia se enquadra nos moldes da fokcomunicação. Onde comunicação e cultura se encontram e constróem a história de um povo que deve ser contada e recontada todos os dias. Até quando ainda existam gerações que a preservem e que repassem á diante!