terça-feira, 12 de maio de 2009

Tocantins ganha mais uma cominidade quilombola, seis ainda esperam




Maria José Cotrim


A Fundação Palmares, órgão rsponsável pelo registro das comunidades quilombolas, certificou a comunidade de Mata Grande, localizada em Monte do Carmo, á 89 km de Palmas. Com esse reconhecimento, o Estado conta agora com 16 comunidades reconhecidas.

A portaria, que registra e certifica o reconhecimento, foi divulgada na última terça-feira, 05 de maio, e também certificou outras 35 comunidades de outros Estados. O sociólogo e coordenador estadual de Afrodescendentes, Luís Benedito, explica que há ainda outras seis comunidades em processo de reconhecimento. “Estamos aguardando visita técnica para que seja feito o diagnóstico para encaminhar o reconhecimento”, diz.

O maior problema que as comunidades do Estado enfrentam hoje é a questão da titulação das terras. Nesse sentido, Benedito salienta que a comunidade de Mata Grande já está com essa questão territorial resolvida, mas é preciso atenção e empenho do governo estadual e federal para resolver esse impasse.

Tocantins é um dos estados brasileiros que mais tem comunidades quilombolas. Sobre a preservação dos quilombos, Benedito salienta a importância para a sociedade. “È importante preservar esse patrmônio imaterial que marca a luta de resistência do povo negro e envolve um conjunto de valores culturais que precisam ser resgatado”, comenta.

Um comentário:

  1. Considero a questão dos quilombos não apenas como resquícios de uma história (do país como um todo) mal contada e propositalmente mal dimensionada. O reconhecimento de alguns quilombos atualmente representa pequena parte da presença das culturas africanas presentes no mundo rural brasileiro. Quantos pequenos agricultores dispersos em assentamentos nem mesmo partilham a identidade política quilombola e não conhecem os direitos específicos existentes. Pressionados pelos grandes produtores, famílias e territórios se fragmentam, apagando legados, histórias...
    Os valores transmitidos desde a Africa precisam ser não somente resgatados, mas também transmitidos por meio de processos educacionais envolvendo estes membros desagregados, tentando reverter assim este esquecimento em que se encontram estas famílias, por meio de uma estruturação política capaz de atuar no cenário político dos municípios onde se encontram.

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