segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Movimento negro acelerado: novo jeito de fazer movimento no Tocantins!
Por Maria José Cotrim
Companheiros e companheiras quem não pôde assistir de perto ao menos leu em alguns sites uma matéria falando do apoio que representantes do “Movimento Negro Acelerado” e quilombolas declararam apoio à candidatura de reeleição do governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB).
Estavam lá com camisetas vários ícones do movimento no Estado, do Hiphop, dos quilombos, das escolas de samba e muitos outros.Lideranças de verdade, que vêm ao longo de todos esses anos representando o Estado à nível nacional e buscando organizar um movimento de fato no Estado.
Gaguim falou que quer a parceria com os vários segmentos do movimento negro. Bom! E, segundo me narrou um companheiro que lá estava na reunião: cobrou projetos. O governador pediu que os segmentos apresentassem a demanda.
Uai, será que ele já se esqueceu da carta de compromisso assinada ainda este ano no encontro de quilombolas? O deputado estadual Eli Borges (PMDB) estava lá também, vestiu camisa e tudo.Ele foi o responsável pela indicação do secretário de Cidadania e Justiça, Carlos Alberto, pasta que tem a coordenação de afrodescendentes.
O Júnior Coimbra (PMDB) candidato a deputado federal também estava lá. Muito Bom!
Na verdade, o movimento negro se posicionar em anos eleitorais é praxe em todos os outros estados também. E há um outro agravante para esse apoio a Gaguim: o palanque para Dilma Rousseff (PT).
Dilma promete ser a continuidade de Lula e assim sendo já declarou que manterá aberta a porta de diálogo para o movimento negro, que ao contrário do Tocantins, tem grandes proporções e representatividade à nível nacional.
É fato: Lula deu a abertura para o movimento negro, criou a Seppir e através da Conferência Nacional de Igualdade racial busca diálogo com o segmentos da temática.
Aqui no Tocantins essa parceria política precisa começar a existir. E nesse caminho de sair do “umbiguismo” e do anonimato e começar a fixar o diálogo com o poder público é com certeza importante para os movimentos sociais.
Nesse caminho só é preciso lidar com a “institucionalização do movimento”. O movimento precisa ter sua independência ideológica e acima de tudo seu jeito de efetivar as políticas publicar junto com o governo.
No Tocantins, dos parlamentares estaduais não vieram emendas para as comunidades quilombolas para este ano. De nenhum! No orçamento estadual, a Secretaria e a Fundação Cultural procuram “fazer mágica”para financiar projetos.
As casas para os quilombos das quais Gaguim falou são iniciativa quase total do governo federal. A contribuição do movimento precisa ser mais efetivo no governo, com certeza.
Achei interessante quando me contaram que o Gaguim pediu a demanda e os projetos.A parceria com o institucional é fundamental mas no comando da situação deve estar a voz do militante, do representante legítimo que fala pela comunidade.
No movimento, muitos defendem a criação de uma pasta para a Igualdade racial e os quilombolas no Estado. Mas é necessário antes de tudo rever o "jeito" de trabalhar a temática no Estado da parte do movimento e também da parte governamental. Talvez não seja uma pasta em caráter "extraordinário", sem dotação orçamentária que resolva isso.
Sem a independência, clareza, cobrança e projetos em outubro o “Acelera” pode passar e o movimento continuar estacionado sem apoio e autonomia por mais quatro anos.
Cada líder do movimento que lá estava deu o ponta pé inicial para novos rumos no movimento negro do Tocantins. se vai dar certo ou não...o tempo dirá!
Torço para um dia ver e participar de uma nova era da Igualdade Racial no Tocantins!
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Como profissional da Educação, vejo como imprescindível a discussão do tema na esfera escolar a nível estadual. Mas infelizmente ainda pecamos por existirem preconceitos de ordem religiosa e social que dificultam a aceitação dos fatos: somos todos irmãos!
ResponderExcluirParabéns a você Maria José amei
ResponderExcluirlegalllllllllll....
ResponderExcluirD++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++