sábado, 26 de dezembro de 2009

Fim de ano expõe despreparo das empresas de transporte no Tocantins



Por Maria José Cotrim

O Procon é um dos órgãos com a função social mais necessárias à população mas infelizmente ainda não é muito conhecido entre os populares, por que se fosse, com certeza algumas empresas prestariam um serviço de mais qualidade. Se para o consumidor é preciso se preparar, em todos os sentidos, para este clima de natal que envolve o mundo, para quem presta serviços a regra não é diferente.

Viagens, presentes, festas...tudo tem que ser planejado. E é a falta dessa palavra “planejamento” que me levou hoje a escrever sobre a falta de preparo de algumas empresas de transporte alternativo para lidar com o intenso aumento no fluxo de passageiros que decidem viajar nessa época de fim de ano.

Não é preciso ser empreendedor nem ter muito estudo para saber que se a demanda aumenta a oferta imediatamente tem que acompanhar, essa é a primeira falha de algumas empresas. No trecho de Palmas a Gurupi por exemplo, uma empresa colocou mais um ônibus que saí diariamente ás 13 horas, só que esqueceu de alguns detalhes: o ônibus “extra” era menor e esqueceram ainda de avisar os passageiros que aguardam costumeiramente nos outros pontos da saída da cidade e ainda na Sub-Rodoviária de Taquaralto.

Até o motorista revelou que não estava meio por dentro do assunto. “Ta vindo outro aí atrás”, disse ele a um grupo de doze pessoas que aguardavam na Sub-rodoviária. Detalhe: não tinha outro ônibus. A ordem da empresa era para não pegar nenhum passageiro que estivesse sem passagem. Um outro significativo detalhe foi deixado pra trás: as pessoas não sabiam disso.

Algo que chamou também minha atenção, pois estava em um desses ônibus é a falta de preparo e de paciência do motorista, que no mínimo deve ser mal amado ou coisa parecida, e acha que todo mundo e culpado disso. Quando um rapaz lhe pediu o telefone da empresa para pedir que encaminhassem mais um ônibus ele disse: “Moço, num sei o telefone não”. Na boa: Ou ele é um funcionário tão desinteressado que nem o telefone da empresa sabe ou é um inocente hipócrita.

As pessoas estavam desesperadas, gente que estava desde as seis da manhã aguardando um ônibus e todos passavam mas não pegavam por causa da “bendita passagem” que ninguém nem sabia que tinha que ter.Os argumentos eram muitos : carne que estragou com a demora, parente doente..tinha gente até que tinha que pegar ônibus em outro município e já estava com passagem marcada.

Mesmo que esse ano o fluxo tenha superado as expectativas das empresas que rodam no interior, a falta de preparo era notável. Faltou iniciativa de algumas empresas que com certeza perderam até a oportunidade de faturar mais se tivessme monitorando a quantidade de passageiros e colocado ônibus de acordo com a demanda.

E nessa confusão que se repetia a cada rodoviária e/ou ponto de ônibus restou aos passageiros que conseguiram lugar no ônibus aguardar sentados nas poltronas com a certeza de que a chegada nos seus destinos iria com certeza atrasar...

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